Hatching assistido

Para uma implantação bem-sucedida no útero, o embrião precisa escapar da zona pelúcida, processo conhecido como “hatching”. O “hatching” assistido (HA) foi descrito pela primeira vez há 3 décadas e é considerado uma técnica complementar à fertilização in vitro (FIV) na reprodução assistida.

Ele serve para auxiliar no processo de eclosão do embrião antes da implantação no endométrio. Seu objetivo é aumentar as chances de uma implantação bem-sucedida e mais resultados positivos no tratamento em busca da gravidez, mas nem sempre é necessária. Na grande maioria dos casos, o embrião se fixa no endométrio sem auxílio do hatching assistido.

No início de seu desenvolvimento, o embrião é envolto por uma película conhecida como zona pelúcida. Ao chegar ao útero, o embrião eclode para que possa se implantar na camada de revestimento interna, o endométrio. Lá ocorre a nutrição e proteção até que a placenta seja formada para continuar o desenvolvimento do feto.

A zona pelúcida faz parte do óvulo antes mesmo da fecundação e em alguns casos pode ser mais espessa ou mais densa. Mulheres com idade mais avançada podem passar por este problema e por isso encontram mais dificuldade para engravidar. Essa dificuldade na eclosão pode ocorrer também quando a qualidade embrionária é baixa.

hatching assistido é realizado durante o processo da FIV, antes da transferência dos embriões, que é a última etapa do tratamento. Seu uso foi sugerido em alguns casos, de acordo com avaliação médica.

Como é realizado o hatching assistido?

Naturalmente, a implantação ocorre na fase de blastocisto, quando o embrião se encontra no quinto ou sexto dia de desenvolvimento. A “eclosão” é um processo natural no qual um embrião se expande e, eventualmente, rompe a zona pelúcida, e as células que darão origem à placenta começam a interagir com o endométrio para que ocorra a implantação na sua superfície.

hatching assistido é um procedimento de tecnologia de reprodução assistida em que um pequeno orifício é feito na zona pelúcida, sendo criadas algumas fendas para auxiliar na eclosão, e isso acontece quando a camada é mais espessa ou mais densa. O procedimento pode melhorar o percentual de embriões que se implantam em casos selecionados com mau prognóstico, mas seu valor permanece controverso.

O “hatching” assistido (AH) é geralmente realizado nos dias 3, 5 ou 6 do desenvolvimento do embrião usando um laser sem contato, mas soluções mecânicas ou ácidas também têm sido usadas.

Quando o hatching assistido é indicado?

Raramente existe a necessidade de submeter todos os embriões formados ao hatching assistido. Embora as causas exatas da falha na implantação sejam desconhecidas, o aumento da idade materna, a baixa qualidade do oócito e do embrião são todos reconhecidos como fatores contribuintes, podendo resultar no espessamento ou endurecimento da zona pelúcida e levar a dificuldades do ‘hatching’ embrionário.

O hatching assistido teria o objetivo de ajudar a superar o endurecimento da zona pelúcida. Ainda assim, é importante ressaltar que a indicação do hatching assistido não é tão comum. Após mais de 25 anos de sua aplicação em embriões humanos, a sua eficácia ainda não está clara.

As diretrizes do National Institute for Clinical Excellence (NICE) afirmam que “hatching assistido não é recomendado rotineiramente porque não demonstrou melhorar as taxas de gravidez e sua indicação apenas devido idade materna avançada não se justifica clinicamente”.

hatching assistido durante a FIV

Essa técnica complementar é realizada durante a fertilização in vitro, técnica de alta complexidade da reprodução assistida. Ela é indicada em muitas situações de infertilidade e quando há falhas em outras técnicas de baixa complexidade.

A FIV tem a maioria de suas etapas feitas em laboratório. O hatching assistido é feito com o objetivo de preparar a zona pelúcida do embrião e aumentar as chances de uma implantação bem-sucedida.

Ele é feito durante a fase de cultivo embrionário, pouco antes da transferência, última etapa da FIV, que começa com a estimulação ovariana e indução da ovulação, passa pela coleta dos gametas, tanto masculinos como femininos, realiza a fecundação e inicia o cultivo embrionário.

hatching assistido é geralmente feito a laser e deve ser estudado caso a caso.

Todos os tratamentos de reprodução assistida têm indicações específicas, portanto o casal deve ser avaliado individualmente.

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